quinta-feira, maio 06, 2010

Geração Ovelha Negra também quer amor e sexo, não só rock’ roll


Relendo uma matéria sobre a Rita Lee intitulada "Não nasci para casar e lavar cuecas", publicada na revista Rolling Stone em 2007, 15ª edição, escrita por Marcus Preto, uma questão me chamou a atenção – uma frase de Tom Zé:

“(...) Mulher que é bem trepada lava a roupa sorrindo. Uma Rita bem trepada em um país que vive na mão de ditadores lava a política com um humor fino e cortante e resulta em uma música gostosa de cantar. (...)”

Lembrei de como eu e minhas amigas cantávamos quase que como um hino a música ovelha negra sem ter sido especificamente uma, mas achando muito legal quem sabe ser uma. Afinal não participamos do movimento, colhemos seus frutos, de qualquer sorte (azar) pegamos o finalzinho da ditadura e nos descobríamos seres pensantes e que agem em meio a descobertas sexuais e artísticas, tudo no mesmo saquinho de metamorfose ambulante.

Ahhhhhhh o amor livre...onde foi parar? Existe?
“Se o que eu mais venero é a beleza de deitar” (Raulzito)
“How did you lose your virginity Mary Long?
When will you lose your stupidity, Mary Long?” (Deep Purple)
Entre roxos e eufóricos perdemos e ganhamos muitas coisas.
Qual era mesmo a liberdade almejada?
Ao que me lembre era a de escolha fomos até para as ruas pelas “diretas já”.
Só o que escolhemos nos faz livre? Aceitar é uma escolha?

Outra frase agora da própria Rita é gostosa de citar:

“Não nasci para casar e lavar cuecas. Queria a mesma liberdade dos moleques que brincavam na rua com carrinho de rolimã. Quando entrei para a música, percebi que a 'tchurma' dos culhões reinava absoluta, ainda mais no rock. 'Oba', dizia eu, 'é aqui mesmo que vou soltar a franga e, literalmente, encher o saco deles'. Depois que provei a mim mesma que era capaz de conseguir as mesmas vitórias, sosseguei um pouco o facho. Principalmente depois que Roberto entrou na minha vida feito um Lancelot. Minha Guinevere pôde então exercer a função de namorada, amante e mãe. No palco, sou mais macho do que fora dele, (...).”

Gostoso ver a ovelha negra se render ao cavaleiro e permitir viver seu lado princesa e frágil.
Então será que Tom Zé tinha razão ao dizer que uma mulher bem trepada lava roupa sorrindo? Ou não se nasce para isso, simplesmente se aceita num tempo da vida? Isso é escolha?
Meio que num cruzamento movimentado de Sampa hoje me desvencilho da ovelha negra e saio cantando sexo antes, amor depois, ou será o contrário?
Hummm, meu bem você me dá água na boca!


((rosinha))

4 comentários:

Naya disse...

Gostei muito do post querida! Pra ver como a geração das mulheres hoje continua como rosas... por mais que a vida nos faça ter nossos espinhos, nunca perderemos a beleza de ser flor.

Enchanted kisses...

Naya do HP

LADY ORQUÍDEA disse...

rosinha,
Gostei muito...realmente quando escolhemos nosso caminho, entramos de cabeça...cuidamos sim e isso não muda nossa essência, apenas o cuidar é único, é diferente. A nossa "liberdade" está em fazermos aquilo que nos dá prazer, o que nos tráz alegria e felicidade.
Beijos
LADY ORQUÍDEA

Unknown disse...

Rosa

O prazer de ser ovelha negra .. cantava demais isso com as amigas .. e hoje tenho orgulho de nos mulheres que fomos atras dos nossos sonhos e desejos.. sem perder o brilho..

Parabens pelo texto...

Amanda disse...

Tá lindo !
PARABÉNS !
beijossssssssssssssss